NO BREU DE ABRIU A MAIO


E nenhum dos dois teve coragem
Para plantar o bom desejo que houve ali.
. . .


Mas o tempo passa e sempre passará
Passou e chegou.
. . .

Breu!

No espelho nos tornamos um só,
Havia aquela meia-luz romântica;
Aquele raio lunar que invade o recinto sobre o vidro quebrado da janela.
Havia aquele texto poético sussurrado,
Havia aquele diálogo banal e consequentemente essencial.
Suas formas se desenharam aos olhos daquele que pouco vê, no breu.
Nem todo olho felino enxerga bem à numbra.
Há uma penumbra,
Vejo linhas formadas por curvas

Luz!

Ainda no espelho nos tornamos um só
Minha pele, sua pele: Negras
Minha boca, sua boca: Carnudas
Meus olhos, seus olhos: Verdes e Castanhos
Meu cheiro, seu cheiro: só sinto o Seu
Cheiro este que fica impregnado no meu olfato durante toda saudade
Minha saliva brilha sobre sua pele
Sua saliva brilha sob meus olhos
Sua voz suave me pede para ir e para ficar
E então,
Eu vou e fico.

31/05/14 06h40min

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