INDO E VOLTANDO A ALGUNS CONHECIMENTOS





Na ida para alguns conhecimentos há ladeiras, decidas, subidas, paradas, partidas. Sob o sol de meados da tarde percorro o trajeto que faço por vários dias. Direto, esquerda, direita, beco, rua, grande calçada, avenida, ponte, semáforos. Perto da chegada avisto o prazer e sinto algo, uma espécie de coceira. Vejo a arte e adentro...

Um novo mundo, um novo déjà vi, então, por lá permaneço horas... e horas, que por vezes não passam ou simplesmente não passam no tempo e na velocidade que eu desejo. Lá existe uma salvação, um Ser de asas prateadas, mas pena que este Ser está à salvar coisas muito mais importantes... neste momento. O tempo passou... agora é hora de voltar, agora também é hora dos mosquitos, do odor e das pessoas acharem que este odor é normal ou simplesmente se habituaram ao mesmo... O sol castigou meu nariz. Tenho medo... medo de ser essas pessoas ao andar na ponte. Éh! essa ponte é um martilho, passarei rápido por ela então... ops! Uma barreira faz com que eu tenha que esperar alguns segundos. Segundo, segundos, seguindo... 

Passando pela grande calçada e sentindo aquele mesmo aroma e som de lojas, vendedoras e sei lá mais o que! Então, antes de chegar à última ladeira vejo um monumento, a apoteose, o esplendor para os seus seguidores e a ovelha negra para os crédulos incrédulos.

Chego então à rua Dividida, a rua dividida nas desorganizações e confusões causando tragédias e desestruturações. Subo a última e cansativa ladeira, ando um pouco mais, abro portas, sinto-me cansado, sento-me, tiro todo o peso que me aflige... e...

Escrevo.

18h55min 24/09/12


Esta crônica faz parte do ebook Entre Quartos & Ruas, disponível na Amazon: https://www.amazon.com.br/EntreQuartos&Ruas



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